O primeiro Encontro dos Povos e Comunidades Tradicionais da Metade Sul reuniu nessa segunda-feira, 9, mais de 300 pessoas para debater os avanços da política de promoção da igualdade racial no Brasil. A atividade aconteceu no Campus de Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), em Capão do Leão.
De acordo com o coordenador da federação das comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul, Antônio Leonel Soares, apenas no território sul do Estado há 43 comunidades quilombolas reconhecidas. “Mas a nossa luta é para todos, já conquistamos melhorias na habitação rural, na saúde e na educação, mas ainda temos muito o que conquistar e fico feliz em ver esses municípios engajados nessa luta”, afirmou.
O Prefeito de Candiota e Presidente do Cideja, Luiz Carlos Folador, destaca o objetivo do encontro. “Os movimentos quilombola, cigano e de matriz africana apresentam um legado de preconceito e exclusão. Por isso estamos aqui, para lutar para que cada comunidade desse país seja reconhecida não apenas na lei mas no seu direito de cidadão, para que todos tenham o direito de ingressar na faculdade ou conquistar um emprego digno, vamos lutar juntos nessa”, declarou.
As atividades seguem nessa terça-feira, 10, estabelecendo um espaço de diálogo entre a universidade, as comunidades tradicionais da região e o poder público, para identificar demandas e políticas públicas direcionadas ao segmento e dar encaminhamentos.
O evento é uma realização do Consórcio Intermunicipal, Cideja, junto a Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (SEPPIR) tendo apoio do Governo do Estado, da Universidade Federal Pelotas (UFPEL) e do Ministério de Minas e Energia.